Amiga,

junho 29, 2010

Escrevo-te!
Não espere notícias de ações
Pois minha realização esta no pensamento…

Um dia acordei!

….Depois de um sonho tranqüilo e leve. Levantei-me com o sol que começava a brilhar no horizonte. Com cuidado para não fazer barulho, arrumei minhas coisas: uns livros, umas roupas, então parti. O destino final  sabia-o bem: EU, o caminho é que era incerto. Como eram grandes as conquistas, o amor, e a paz, acabei os deixando para trás. Hoje acordei assustada, procurando como meu corpo o seu  abraço (dele)….só encontrei lençóis… não queria abrir os olhos para ao menos ouvir sua voz que a cada movimento meu ficava mais distante, e quando abri os olhos, tarde de mais para entender o que me dizia: Justo agora, não desista agora! Estamos quase chegando lá.

Agora ando por entre um labirinto circular, cujos sinuosos passagens são como nosso órgão genitais.
Passeio como Alice, corajosamente amedrontada! acreditandO piamentE que no centro irem encontrar a mim, como um árvore já crescida de um semente que morreu para germinar, como já bem disse Gil.
A paisagem a minha frente é translúcida, assustadoramente delicada, a dura pureza  transparência das cores.    Sobrevivo a isso… é para isso é que vivo

Ás vezes, um espelho transpõem meu caminho, isso acontece sempre que desejo perder-me em outro alguém.  Então a falsa realidade mostra todo o seu brilho: O inferno que sou eu.

Mas tão logo o espelho move-se, já que está suspenso na dura certeza da vida,  recobro-me de mim mesma…Então o espelho é devorado pela cor escarlate que o transforma, o transborda, torna-o outro em mim.

E assim vão os dias… a cada passo… levo-me a estrada do meu destino que internamente construo, embalada pelas mares de ondas de sangue, água e óleo que nos sonhos se unem.

Te escrevo pois algo de forte me fez referencia a lembrança do que seja você.
….e por você esta lá, em outras mas como figura/lembrança viva…

Como é prazeroso quando vemos uma idéia que nos parece tão nossa na obra de um mestre que admiramos. È um prazer abrupito, quase um ódio/amor como um voyeur que aprecia os corpos na luta lírica do prazer, do prazer nosso no outro…

E você estava lá  (ou sua imagem) na personagem, no rosto que representa idéias minhas na concreta obra inacabado do outro.

Issos me levou a uma renovaçõa na comunhão como você, um na lembrança que de você faço!
Lembrança…
Lembrança…
Lembranças não se apagam…mesmo que a distância assim o queira.

Sua,
Juliana Leite.

Furtacor

junho 26, 2010

Dizem que o amor é quente

Mas sinto-o gélido

Um frio fino com nuances vermelhas

Sinto o tremelicar do meu corpo

(Acordo agasalhada pelos teus ternos abraços

Rodeada pelo expendido colorido da paisagem idílica)

Sorrisos flutuantes se abrem a cada bola de sabão que se desfazem no ar….

…Como são belas

Leves e livres

A transparência em cores brilhantes

Assim também deve ser o amor

É isso!

A calma toma-me novamente

Então posso dizer: AMO  FRIAMENTE !