BERLIm.

maio 4, 2009

Encanta os transeuntes o contraste do límpido céu azul de uma tarde ensolarada com aquelas montanhas de folha amarelas, que dançam na rua com o sopro gélido do vento outonal.
E todos que por ali passam sentiem-se seguros pois são vigiados pelos fortes homens das colunas, cujas cabeças foram dilaceradas pelas bombas. São seduzidos à entrar, convidados pelo melancólico avião de ponta cabeça encapado por cartazes. Então têm diante de si um pátio coberto por uma fina areia, em maio ao qual foram colocadas pesadas letras de forma. E em suas mentes buscam uma lógica para algo que é aleatório.
Junto as letras, encontram ainda uma combe de onde se reproduz uma vivida musica que se mesclada ao riso das crianças que brincam no balanço mais a frete, e ao burburinho dos bêbados que encontram-se recostados nas paredes rachadas e grafitadas que colorem também os corredores e as escadas do prédio. Perplexos ficam os que olham para cima, pois se deparam com janela que em vez de cortinas têm telas recém pintadas. E ao fim do passeio ainda é possível levar de lembrança a imagem tranquila do artista, soldando um corpo totalmente perfurado.

JCL